1894 é lá longe. Madhya Pradesh também. Ainda assim - terá sido possível, mais uma vez, a sobrevida de um menino-rã?
Ajudei a criar alguns miúdos e miúdas lendo o essencial no Livro da Natureza. Eu e tantos outros, vestidos da mesma maneira. Investidos de igual modo. Stephe pediu a Kipling a bênção, e ele lá deu. A nós coube brincar com eles mais de cem anos depois, com o descuido possível. Meus Deus. Estradas, machados, serras, tempestades, índios, salmonelas. Alguém nos guardou, suponho.
O espanto que havia. Chuva de repente e à cabeça, dentro do rio. Transpiração costas abaixo. Camisas a escaldar contra o alcatrão. Razias de morcegos ao rés dos cabelos. Formigas e aranhas por todo o lado, pelo chão. Pirilampos a alumiar à luz da lua. Apitos de gente cheia de medo dos javalis. Vento a trazer folhas negras, cheiro intenso a fogo ardido.
Como é possível ser frágil e andar adiante? Seguir sem parar? Sobreviver?
Não sei
mas é.
Sei de ciência
certa,
é.
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