Nada detém uma mulher com vontade de falar. Não uma mulher com vontade de desabafar - que por mais que a tenha nunca avança sem assentimento - uma mulher com vontade de falar, apenas. Que esteve calada o dia todo, limpando, calculando, escrevendo. A ânsia é tanta que à primeira nesga de oportunidade deixa correr as novidades da terra, as queixas dos miúdos, as fotografias da estação casamenteira, as dores na coluna. O débito é tal que não permite contra-deixa. Em vezes assim, ouvir é comunicar com a maior das generosidades.
4 comentários:
Déjà vécu... :)
E há sempre uma à nossa espera no banco do autocarro...
Olaré :)
E verdade...E ainda bem ke existem pessoas a ouvir...
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