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sexta-feira, 15 de abril de 2005

Poptugueses I

Sou um gadjo até bem branco

Sem vergonha de o ser

Sou um carro que quando arranco

Só pára para alguém descer

Se gostar que alguém goste de mim

Vou atrás disso até ao fim

E era Lovenita um nome cigano

Ninguém acredita Loba, meu engano

Nessa feira de virtudes

Viste-me vi-te de preto

Foras tu o meu ciúme

A sina escondida a dedo

Se há raça a tua é mais antiga

A moda passa ficou uma amiga

E era só bonita

Só lhe causei dano

Foi expulsa aflita ela e o seu rebanho

E era Lovenita um nome cigano

Queria dizer lobita

Ninguém acredita Loba, meu engano

E era Lovenita um nome cigano

Ninguém acredita Loba, meu engano

Rui Reininho; Toli César Machado, Lovenita. Sob Escuta, Emi-Valentim de Carvalho, 1994 .


E se um dia o Rui Reininho nos falta, quem é que nos diz coisas desta maneira torta? Ai.

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