a vida depois da vida / eco em museu / canção-vitória / letra empoada / melhor que nada / é memória

sábado, 22 de janeiro de 2011

Mértola, Rua dos Bombeiros Voluntários

Ontem lembrei-me de um episódio arqueológico. Tive latim no liceu, dois anos.  Tentava ensinar-nos o Manuel Pereira, beirão providencialmente talhado à medida dos bárbaros que éramos. Metade conseguiu passar. No primeiro ano mandou-nos à Mértola, no segundo à Mérida - nós merecíamos. Antes da faculdade ainda juntámos dinheiro para dez dias entre Roma e Florença, e isso mudou muita coisa. Nesse primeiro ano alimentava uma paixão platónica por um palerma meio pétreo, feita estóica; chegámos à vila acompanhados por uma turma de Carcavelos, e eu saí a toda a velocidade do autocarro, a caminho das muralhas, desculpando-me com o preenchimento da ficha-roteiro. Não me apeteceu fazer de conta que aquela cena na parte de trás do autocarro - ele agarrado a uma  Ana Cláudia baixa, loira, betonça e de olhos azuis - me era completamente indiferente. 

2 comentários:

Anónimo disse...

on aura toujours Palermo, trenga...

Cláudia [ACV] disse...

numseisintendi