Do cimo de Alfragide aos chãos de Queluz muitas couves se têm plantado. Na manhã de sábado avistei mais de meia dúzia de homens de sacho em punho. Acho que semeavam favas e ervilhas.Vão afeiçoando os declives em calçada, quase até aos rails. Que tempo este.
13 comentários:
Pois é: que tempo, este, em que só os homens sacham e as mulheres não fazem nenhum. Ah, no meu tempo não era assim.
Não sei do seu tempo, anónimo(a), mas neste alguma coisa elas vão fazendo.
Porém, lá que não as tenho visto a amanhar as colinas peri-rodoviárias de além portas de Benfica, não tenho.
Mulher que não sacha é mulher facha...
Anónimo(a),
este seu aforismo acabou de me sugerir uma série para uma das outras paragens. Grata.
Fico a aguardar...
Este é o tempo dos contrastes e dos paradoxos. Já vi sachar enquanto a fila embrutecida buzina furiosa. Este é também o tempo das palavras vazias e anónimas, como se pode ler atrás infelizmente.
JR
Salvo melhor opinião, ACV educadamente respondeu e até agradeceu (sem necessidade) as palavras «vazias e anónimas», que, por acaso, não insultaram ninguém nem foram malcriadas.
Enfim, é o que temos: um mundo de gente agressiva e impertinente.
Aqui na carreira dos Quatro Caminhos há passageiros conhecidos e desconhecidos, habituais,novos, acidentais - em trânsito é assim, e assim continuará a ser.
E que seja por muito tempo...
É o possível regresso às origens de um povo com vocação agrícola, longe da terra quase sempre. Quando a nostalgia se junta à necessidade... nasce uma horta.
Pois é, Ana. Ainda que hoje estejam cheias de metais pesados,estão são algumas das terras mais férteis desta região do país.Mas há quem não se importe, ou não se possa dar ao luxo de pensar nisso. Isso vêmo-lo enquanto cruzamos a estrada.
Por coincidência, ontem escrevi um post sobre um desses homens.
Li que sim, Carlos; estes dias só não tocam quem deles se subtrai, é certo.
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