; as sebentas também. Noutro dia comprei duas A5, daquelas da Firmo, um euro e meio ao todo, não mais. São de bom tamanho para os seminários e colóquios e listas do mais que fazer. Voltei a claudificá-las como no liceu, com recortes, garatujadas e protecções mais ou menos plásticas contra os solavancos-a-dias.
4 comentários:
essa ideia fascina-me, porque não raras vezes salivo pelas sebentas com que me cruzo, a lembrar-me da infância. fascina-me que as tenhas plastificado e tudo. também me fascina ler claudificar.
Limenina, tem-me dado para isto; não serei das pessoas que conheço que mais tralha memorável guarda, mas sim, vou acumulando fotos, marcadores de leitura, postais de museus visitados em viagem, e - aqui entre nós, how embarrassing - recortes e imagens de jornais sobre escritores/músicos/políticos/cientistas que admiro. Guarnecer os cadernos quotidianos com tudo isto, conjugado de modo mais ou menos consciente, pareceu-me uma forma particularmente confortante de reorganizar a memória que convocam.
E quanto ao personalista claudificar (acabo por gostar muito da componente de falha, coxeio, ou diferença inscrita na raiz latina do nome), não reclamarei direito de autoria (não terá já alguém pensado nisto antes?); espero só que o neologismo ganhe terreno ao menos positivo e mais conhecido claudicar, eh,eh.
continuo fascinada. :)
eu colecciono bilhetes, que colo em cadernos, todos os bilhetes de cinema, concertos e outros espectáculos - só excluo os bilhetes de comboio, senão não havia caderno que resistisse. esta obsessão ajuda-me a fazer um mapa da minha vida cultural, mas também da minha social e sentimental - aqui entre nós, que ninguém nos ouve, cof cof cof - anoto sempre quem estava comigo.
vais-te rir, mas quando me disse fascinada pelo termo claudificar nem me lembrei que também eras Cláudia. Para mim és Ana Cláudia Vicente - antes de Cláudia és Ana e depois és Vicente, é diferente. :P
ou se calhar isto resume-se tudo ao meu egocentrismo, que é o mais provável.
quanto à raíz latina do nome, lembro-me bem do trauma da descoberta, corria a infância. agora gosto, mas só porque me dou bem com a filosofia e com o abismo.
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