"É ou não é estranho e lindo e BEM PENSADO por DEUS NOSSO SENHOR que ambos pensemos que nos LIVRÁMOS DE BOA e ficámos a ganhar? É."
MEC
MEC
No dia da morte de um jornal a que nunca fui fiel, ou a que só fui durante uns anos (aquando da minha passagem pela mui grada e então mui esquerdosa FLUL), evoco uma das poucas edições periódicas impressas que me ficaram na memória, e que a ele se deve.
Na cave do edifício principal, à entrada do bar do busto camoniano despromovido a capitão iglo, colocado sobre o refrigerador como vigia de comes e bebes, eu e mais dois ou três colegas aguardávamos as primeiras novidades das Pedagógicas enquanto os responsáveis pelo recém inaugurado placard de cortiça do PP acusavam de vandalismo os responsáveis pelo veterano placard de cortiça da JCP, e vice-versa. Alguém trouxe o DN, porque não era do Belmiro, eu levava O Independente, por causa das fotografias de couves e batatas da Inês Gonçalves. Abri a revista, pu-la no centro da mesa, li umas coisas alto, pasmámos todos. Faltar-lhes-ia assunto? Ter-se-iam passado?
No dia 27 de Outubro de 2000, A Preguiça teve por peça principal um artigo intitulado O casamento com a minha mulher e comigo, da autoria de um Miguel Esteves Cardoso em desavergonhada modalidade CAPSLOCK, fora de si de tão feliz. Todos os outros falavam do mesmo: amor, casamento, boda, paixão. Na altura rimo-nos, sentenciámos em coro que era um despropósito, com tanta coisa importante que havia para tratar. O certo é que guardei a revista, e que hoje me dou por contente em ter ficado esse tão belo cúmulo da liberdade de imprensa.
2 comentários:
Apesar do Portas e dos seus propósitos, o MEC e mais uns quantos bons e bravos fizeram um jornal diferente, interessante, inteligente.
Mas que acabou há vários anos...
Nos últimos anos acompanhava-o muito esporadicamente, para ler um par de opinadores. Não tenho uma ideia clara acerca da sua qualidade, antes deste deste ponto final.
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