César em cólera ante o vil assassinato de Pompeu. Ptolomeu castigado por ter faltado à lição sobre o respeito devido aos adversários. Pulo de olhos ostensivamente postos no presente, Voreno vivendo no passado e para o futuro. Marco António em excelente rábula de si próprio. Cleópatra, alienada e fraca (topem com a mui bem amanhada crítica ao script do episódio, por Steven Saylor) ou arguta e auto-confiante? Aposto os meus denários na segunda: quem deu ao homem que tudo tinha algo mais só poderia ter pés bem fincados na terra.
Extra Post Scriptum: Que saudades da Etimologia Hebdomadária, Carla!
Extra Post Scriptum: Que saudades da Etimologia Hebdomadária, Carla!
3 comentários:
Cláudia, na minha opinião estás a subvalorizar completamente este magnifico episódio. Ele vale pela série inteira. Metafóricamente é um verdadeiro fresco sobre o desejo do poder pelos homens e pelas mulheres. Foi magnífico e a crítica de Saylor é bastante pobre. Dor de cotovelo de historiador ficcionista que não consegue passar dos factos. É a minha opinião.
AFF,
talvez esteja desinspirada, mas ainda me falta a habitual adenda :)
A crítica de Saylor parece-me justa no que toca à construção específica desta Cleópatra: achei o "casting" de Lindsey Marshal acertado, mas, de facto, a forma como a personagem é introduzida na narrativa do episódio não tem qualquer respaldo histórico, e numa série desta qualidade isso não é coisa de somenos.
Achei o episódio bom, mas longe do anterior(esse sim pareceu-me magnífico), confesso. Sobretudo por causa da tal apresentação inicial de Cleópatra, da cena de Marco António no Senado(a rábula dele é boa, mas as personagens de Cícero e Bruto nessa cena, como em anteriores, são de uma tibieza que não me parece corresponder à das personagens históricas, é quase caricatural). O único trabalho em que argumento e interpretação casaram de forma excelente foi com César.
E já sabes, a tua opinião é sempre bem vinda por aqui.
Não acho que a série ganhe mais em ser um bom ou um mau simulacro, o que me interessa é a encenação e a narrativa. Se formos bem a ver o que sabemos delas também nos foi contado por quem foi contado etc... Ficaria preocupado com a fidelidade histórica se visse para lá relógios de pulso ou coisas que na altura ainda não existiram. E não vi nada disso. Abraços.
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