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sexta-feira, 30 de setembro de 2005

Seis

- Seis.

- Seis não, cinco.

- Seis. Tive seis.

Ele não percebeu logo, pensou que era da doença. Chamou-a mãe desde o dia do casamento, e não o fazia por ser costume. Gostava mesmo dela, tinha-lhe muita admiração. Não lhe faltou no fim, quando já não se parecia com o que tinha sido. Enquanto a mulher dava de jantar aos miúdos, ele ia ao quarto, falava-lhe um bocadinho para a acalmar. Se sabia onde estava, se sabia quem ele era. Dias sim, dias não. Nesse perguntou-lhe quantos filhos tinha tido. Pensou que a resposta era da doença, não dela, mas a sua mulher lembrou o irmão mais novo, o que não chegara ao ano de vida.

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