O mundo da cueca máscula não é muito complicado. Bikini, boxer-shorts e slip - eis o triunvirato nacional. Valesse a verdade, teria de acrescentar a tanga e o fio dental, mas estas versões, tidas como excêntricas, provocam ainda sincera desconfiança à genitália lusa. O algodão 100% domina (ainda dizem que os machos são parvos...) e o bikini é o pomo de todas as concórdias: mantém o homem seguro, confortável e pronto para uma jornada profissional ou desportiva. O boxer foi introduzido há poucos anos (15? 20?), substituindo com sucesso, paulatinamente, as antigas trousses (parentes das ceroulas, nascidas no tempo d' El-Rei D. Sebastião), espécie de calção acarinhado pelos mais novos e menos preocupados com a temperatura ideal à reprodução da espécie. O slip é o mistério dos mistérios: para que quererá um homem um bikini com abertura diagonal dianteira? Será claustrofobia? Será o cúmulo do comodismo?
O mundo do bikini e do slip é quase monótono. Apresenta-se-nos numa variação de cores simples que replica a das peúgas - lá vem o verde, o azul, o cinzento, o creme, o preto e o branco.... Os números vão do 4 (XS) ao 7 (Xl, com a possibilidade de encontrar o XXL e o XXXL). Chegados ao sector cor+padrão tudo muda: há um número infindo de desenhos bizarros que parecem querer replicar o pior papel de parede dos loucos anos setenta; losangos, rosáceas, círculos dentro de círculos, cornucópias, tartans em amarelo, cinzento, castanho, laranja e verde-bandeira, ptiuuuuuuiiiiiii, ptiuuuuuuiiiiiii! Os boxer's, dirigidos a um público tendencialmente mais jovem, evitam estes desvarios pictóricos, mas caem noutros: tirando as risquinhas e quadradinhos, é olhar a profunda - ainda que por vezes divertida - foleirice dos coraçõezinhos, das estrelinhas, dos porquinhos e gatinhos a copular, dos carrinhos F1, das motas, tudo isto para adultos.
No princípio dos anos noventa o sr. Calvin Klein (às vezes os trend-setters acertam na mosca) repôs internacionalmente a roupa interior não-apalhaçada, propalando a sobriedade e virilidade da cueca, contagiando até a lingerie feminina. A combinação com a recém-descoberta lycra ajudou à festa, tornando os calções e bikinis pretos, brancos e cinza, sinuosos, justos, atraentes aos olhos de qualquer um e qualquer uma.
Faz-me muita confusão que as mulheres - mães, namoradas e esposas - tenham ainda poder quasi-absoluto sobre a compra de roupa interior masculina. Chego a perguntar-me se os homens vestem o que realmente gostam ou se simplesmente aceitam o que elas trazem para casa, vencidos pela preguiça ou pelo cansativo espectro de mais um pé-de-vento. Em suma, sei lá eu o que os homens gostam de usar junto a si, nem sequer tive um episódio de vendas embaraçoso com nenhum deles...
O mundo do bikini e do slip é quase monótono. Apresenta-se-nos numa variação de cores simples que replica a das peúgas - lá vem o verde, o azul, o cinzento, o creme, o preto e o branco.... Os números vão do 4 (XS) ao 7 (Xl, com a possibilidade de encontrar o XXL e o XXXL). Chegados ao sector cor+padrão tudo muda: há um número infindo de desenhos bizarros que parecem querer replicar o pior papel de parede dos loucos anos setenta; losangos, rosáceas, círculos dentro de círculos, cornucópias, tartans em amarelo, cinzento, castanho, laranja e verde-bandeira, ptiuuuuuuiiiiiii, ptiuuuuuuiiiiiii! Os boxer's, dirigidos a um público tendencialmente mais jovem, evitam estes desvarios pictóricos, mas caem noutros: tirando as risquinhas e quadradinhos, é olhar a profunda - ainda que por vezes divertida - foleirice dos coraçõezinhos, das estrelinhas, dos porquinhos e gatinhos a copular, dos carrinhos F1, das motas, tudo isto para adultos.
No princípio dos anos noventa o sr. Calvin Klein (às vezes os trend-setters acertam na mosca) repôs internacionalmente a roupa interior não-apalhaçada, propalando a sobriedade e virilidade da cueca, contagiando até a lingerie feminina. A combinação com a recém-descoberta lycra ajudou à festa, tornando os calções e bikinis pretos, brancos e cinza, sinuosos, justos, atraentes aos olhos de qualquer um e qualquer uma.
Faz-me muita confusão que as mulheres - mães, namoradas e esposas - tenham ainda poder quasi-absoluto sobre a compra de roupa interior masculina. Chego a perguntar-me se os homens vestem o que realmente gostam ou se simplesmente aceitam o que elas trazem para casa, vencidos pela preguiça ou pelo cansativo espectro de mais um pé-de-vento. Em suma, sei lá eu o que os homens gostam de usar junto a si, nem sequer tive um episódio de vendas embaraçoso com nenhum deles...
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