Li a Mafalda toda lá pelo final dos anos 8o, e gostei à brava. Já tinha começado a consumir doses consideráveis de Disney, Marvel e DC. Em contraste, as tiras mafaldinas souberam-me a coisa familiar, próxima do ambiente de crise que por cá havíamos vivido entre 1983 e 1984. Só tive que fazer um esforço empático considerável [treta, desisti logo] para contornar uma falha importantíssima no carácter da morenita, o asco à mais bela síntese culinária até ao presente - a Sopa. Nunca compreendi tal desafecto. Talvez fosse apenas uma atitude um bocado infantil da parte dela, enfim, como diz o outro [senhor, que eu tenho maneiras], Frodo explica[ria].
Serve pois, todo este arrazoado, para deixar em acta que:
- Ofereço o meu reino por um prato de boa sopa;
- Gostava de ter sido a visionária fundadora da ["franchisável", e tudo] "Loja das Sopas";
- Me pesa a consciência por ter sido Cid, o Campos (repopularizado por um alter ego de Calcanhotto), e não eu, a musicar um hino à sopa;
- Pretendo, até ser velhinha, fazer sopa tão boa como a da minha mãe.
Para a comer e dar a comer, acabada de fazer. Quentinha.
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