a vida depois da vida / eco em museu / canção-vitória / letra empoada / melhor que nada / é memória

quinta-feira, 16 de dezembro de 2004

O Verdadeiro Trem-Lag : A Vidinha Na Malinha

Vinha eu solavancando lezíria afora, a pensar que não tinha visto nada de interessante para postar. Entre um comboio e outro confiro o computador (tic), os sacos de compras de Natal (tic) e ... e ... a ausência de malinha (t...). Onde está a minha malinha? Incredulidade. Irritação. Ahhhhhhhhhhhhhhhhh!
Depois de um muito simpático funcionário da CP ter contactado o revisor do comboio e nada de malinha, depois do funcionário me ver engasgada e me oferecer gentilmente 1 euro de chocolate e nada de malinha, desisti e segui para casa com o meu mísero bilhete (o de comboio, o de Identidade, onde estaria?). O Pânico. A Imaginação: um gatuno a rodar a chave na porta da minha casa; um larápio a usar o meu humilde Visa até ao osso.
Quase a chegar ao meu destino encontro a minha melhor amiga e uso o seu telefone para contactar quem me diz estar uma malinha no Samouco, ai, em Alcântara-Terra. Intacta e com a vidinha toda lá dentro. Encontrada num banco ou no chão em que alguém a esqueceu. Eu. A que confere três vezes se fechou o gás.
A culpa, obviamente, não foi minha. Sofri uma enorme pressão por parte do Sr. José Eduardo Agualusa, que, não me resta dúvida, escreveu O Ano Em Que O Zumbi Tomou o Rio com o propósito de me distrair dos afazeres de passageira. Vá lá que a cabala não prestava senão, com aquele protagonista chamado "Palmares", nunca mais punha os olhos na minha querida malinha.

Grandatotó.

Sem comentários: