Esta malta do à noite a estudar é cá um desenjoo da gente do haver. Chegada a horas, maneiras, disposição; algum receio, mas também ânsia em fazer melhor.
Idades, pela minha. Pouco menos, pouco mais. Uns paridos sem querer, outros dados, outros criados a amor.
Trabalhos incertos desde os doze, treze, logo à saída da telescola. Períodos geralmente curtos em França, Inglaterra, Suíça. Os que não: muito tomate, pimento, cortiça, vala aberta, condução, limpeza. Depois a vida; família feita, uma ou mais.
Andar para a frente? Tentar voltar a aprender, escrever história de vida. Organizar papéis, falar com os mais velhos. Recordar agravos, perdas, chumbos, portas fora.
Que faço eu agora ali, a mostrar carreiro? Tantos anos toda ortografias, toda sintaxes, agora toma lá. Revisora pica erros e faltas de quem é mais no arriscar que ela, no arriscar dizer não muito bem coisas difíceis, prestes a receber reparo. Aprende, Cláudia.
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