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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Massamá, Rua das Camélias

Caía um tal pé de água que comparecemos pouco mais de meia dúzia. Foi melhor assim; conversa franca à entrada, manifesta ausência de silêncios esquisitos à sobremesa. Não demorou a que quiséssemos saber pelos que já são pais dos que chamam escola deles à nossa escola como estão as coisas, como pôde aquilo ser. Não nos souberam dizer. Acabaram por contar um pouco mais em segunda mão, o fumo azul a encher o pavilhão, os gritos, a correria. 
Tudo está bem melhor do que quando foi a nossa vez - é o que nos parece, é o que nos chega. Os miúdos são quase todos da freguesia, não um feixe de descartados de outros lados que perdiam meio-dia a ir-e-vir; a violência e outras substâncias não controladas ficam sobretudo do outro lado da estrada, onde estava o 'parque do avião'. Mas agora estamos de fora, a maior parte só lá vai para votar, como no outro dia em que também chovia. Se calhar só achamos isto por nos custar que pensem mal de nós, fina-flor do suburbanato português. A verdade é que não sabemos que verdade foi aquela.             

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