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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Abrantes, Central de Camionagem

Nada como dantes. Há duas latrinas do lado das meninas, uma tem quatro seringas de roda do vaso de natureza e outra tem falta de papel. A viagem faz-se. À chegada  há aquela rapariga de caracóis compridos e castanhos, ainda limpa, quase normal, fazendo de conta que pede as moedas em falta para o bilhete. No metro azul vão os turistas urbanos, os miúdos do Técnico, as velhotas sem medo do anoitecer. Penso na luz de Ruiz, no tempo lento, e faço um esforço por respirar.    

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