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quarta-feira, 2 de junho de 2010

[Edward Hopper, Room in New York, 1932]
O vestido dela diz que o tempo está ameno, ele está tisnado como um vendedor, mas isso não chega para explicar o rubor quase rockwelliano que ela desvia rodando metade de si em direcção ao piano, muito menos a tensão na fronte dele, o arquejar do tronco, coisas de quem não lê distendidamente o jornal. Nisto não vejo rescaldo. Vejo algo por acontecer.  

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