A mim, a mais pequena leitura desencadeia contemplações entusiasmadas mas nem por isso fantasiosas: Jaime de Magalhães Lima muito jovem, a bater à porta do já velho e barbudo Tolstoi em Isnaia Poliana; Catarina de Bragança recém-chegada a Londres, um bocado intimidada, a abrir o baú das suas folhas de chá; Alexandre O’Neill debruçado sobre Nora Mitrani em certo jardim de Lisboa, fazendo um esforço considerável por se concentrar na tradução d'A Razão Ardente; Tomás Pereira em Pequim, ensinando uma longa peça musical ao intimidante imperador Kangxi; Sá da Bandeira cansado, já perto de Monção, a tentar convencer a sua soldadesca que nada ainda está perdido. Coisas assim.
1 comentário:
Mafaldinha (ou lá quem quer que seja),
o seu comentário será por mim liminarmente censurado porque nos Quatro Caminhos não há lugares vagos para linchamentos de carácter, injúrias à boca pequena, destilamentos de fel, etc. A vida é muito curta, e na minha não quero cá disso.
Votos de uma vida cheia de saúde física e mental.
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