Um concerto não sai assim tão barato, a não ser que alguém porreiro nos franqueie a entrada. Daí que não compreenda que boa parte da malta do bilhete em riste chegue e se ponha a trocar sms e chamadas, a berrar aos amigos, a entrar e sair do recinto, a trocar mais uns smszinhos, a entrar e sair outra vez. Não sei se é fartura de entretenimento, carência de maneiras ou hiperactividade. Mas acho que há qualquer coisa profundamente triste na incapacidade de fruir a música e o seu silêncio. Acresce que este tipo de achares me faz sentir mal, desfasada - receio misantropite em primeiro estágio.
5 comentários:
Sofro do mesmo - refiro-me ao incómodo e também à incapacidade de entender esse tipo de actividades que me parecem idiotas (e não é só nesses tais de concertos).
Proponho deste já a fundação dos Misantropos Anónimos.
A minha misantropia já vai no segundo estágio. Irrito-me (privada e silenciosamente) com os próprios amigos que me dirigem um comentário sobre a música a decorrer (ou filme, salvo os de pipocas).
A velhice, a velhice... ;)
É uma ideia, anónimo, é uma ideia;
Emanuel, irritamo-nos e quase de certeza que a nossa iritação irrita os que nos aturam, também :)
Eh,eh, João, que mauzito.
A culpa é dos telemóveis com mp3, acho. Assisto a concertos diários, kizombada na maioria, no comboio da melhor linha. Malta que não sabe o que é um headfone ou revivalistas do antigo tijolo dos anos 80, versão melhorada. Em verdadeiros concertos, o telemóvel é, assim, imprescindível!
Enviar um comentário