O novo luso uso e abuso da palavra kitsch. Não me venham com ai não sei quês, amigos, que em português podemos lançar o nosso anatemazinho contra o mau-gosto recorrendo a categorias esteticamente bem mais precisas e menos pretensiosas. Por exemplos: se entramos num restaurante e há um enorme sapo em faiança para esconjurar ciganos, dizemo-lo kitsch por alma de quem, se o que ele é é simplesmente rasca? Se a nossa tia-avó insiste em pejar a casa de arranjos florais verde-radioactivo em plástico puro, chamamos-lhes kitsch porquê, se o que eles são é absolutamente foleiros? E já agora, se continuamos a usar uma t-shirt puída, apertada e um tamanho abaixo, comprada à porta de um concerto dos GNR há quinze anos, por que é que não admitimos que ela não nos dá hoje um ar kitsch, amigos, mas sim bera à brava?
1 comentário:
AHAHAH...
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