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quinta-feira, 20 de abril de 2006

Caracóis, Sandálias e Traições

Lentinha, lentinha, que isto de uma pessoa se desapegar do último episódio não é fácil. Vamos lá. Voreno e Pulo nunca adivinharam as marés, é certo, mas aquilo é que foi nadar. Pulo nunca esperou nada, talvez por isso tenha sobrevivido. Nem os rituais rústicos permitiram ao seu frater fazê-lo em paz, cada segredo é uma mina, uma vez tocado sempre faz estrago. O mais memorável, para mim, será o silêncio no lugar do que há séculos sabemos: as palavras faltadas a César no momento da facada Bruta e - e sobretudo - Octaviano fitando longamente Servília, num claro isto não acabou aqui, nem pensar, caveat. Os catónicos mataram, mas a República nunca mais poderia ser a mesma. A história nunca se repete.

[Adenda: Homens assim, hipóteses do triunfo da vontade de um só indivíduo sobre os seus semelhantes, a um tempo assustadores e sedutores, que ainda os há, há.]

E cá estamos para as notas da série 5, caros amigos, tudo o que tem um princípio tem um fim, venha essa demão de primário branco.

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