À C., que certamente não vai ler o que lhe não conseguiria dizer.
Ocorreu-me um poema que até hoje não consegui acabar. É sobre um fim de tarde em Saint Michel onde não sei se me tomou o templo, se vento morno, se a maré vaza, se Pierre Boulez nos jardins e de novo à noite na rádio, por estranha coincidência. Adormeci e sonhei como na lenda: um anjo vinha e percutia-me a fronte para que não esquecesse. Não sei o que isto tem que ver com cura, mas se o conseguir acabar, dou-to. Que amanhã te traga muitos dias mais.
Sem comentários:
Enviar um comentário