Passam-se mais ou menos trinta mil almas, talvez desconhecidas do lisboeta esclarecido, descontando um ex-ministro das Obras Públicas, dois jornalistas e três músicos ligeiros. Todos vivos. Não é propriamente uma localidade simpática, simpática é a Foz do Douro, ou a Lapa, ou assim. Passam-se lusos, cabo-verdianos, ucranianos, chineses, angolanos, indianos, brasileiros, russos, moçambicanos, moldavos, guineenses, espanhóis, venezuelanos, sul-africanos, franceses e outros, umas vezes da cabeça, outras convivendo em esforçada harmonia. Passava-se por um coreto pintado de verde, que entretanto foi substituído por um coiso em madeira debaixo do qual uns quantos velhotes compõem kantianamente o centro antigo. Passa-se a esta e outras ruas. De tão etimológico, o chafariz ainda lá está, a fazer companhia ao marco do Termo de Lisboa. Que Lisboa acabou aqui.
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