Barthes das Mythologies, Luís? Venham o intérprete, o exegeta e o caça-significados, que séculos e séculos depois, bom jeito darão. Há lá coisa mais difícil que dar à tela um mundo não-judaico, pré-cristão, pré-islâmico, pré-ateu? Fosga-se.
Inesperada, esta Átia: a hesitação na escolha do traje (tão in só poderia resultar out), a insegurança frente à snobbery de Servília e Calpúrnia, a sincera e funda necessidade em agradar ao tio. Percebe-se-lhe melhor a prole, descoberta esta face.
Que dois ariscos, Bruto e Cícero; que dois obtusos, Quinto e António. Bons augurii à força [ai, o que me irrito quando eles se esfumam no publishing, Luís!, ultimamente faço sempre ctrl+c antes], assim como quem calca a sorte a toque de maço no mosaico da vitória. César deixa nada sem cálculo, só não controla o que não pode (ninguém controla a morbus comitialis). Pulo, o detemido, Voreno, o temente: um ri-se à Fortuna, outro reverencia Janus. Tão frágil, Janus.
a vida depois da vida / eco em museu / canção-vitória / letra empoada / melhor que nada / é memória
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006
Caracóis, Sandálias e Traições
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