a vida depois da vida / eco em museu / canção-vitória / letra empoada / melhor que nada / é memória

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Monte Abraão, 19:00h

Três ou quatro estações antes da minha fecho o livro, revivo o embaraço de um falo mais do que ouço quando dou por que vem o mundo no comboio. Tento fixar todos os que têm escritas na cara bem mais que as oito horas de trabalho, os que pesam o dia de olhos postos no nada, os que se entretêm nos reflexos contra-noite, mas não consigo. Fico-me pela mãe que dá colo ao rapaz que já não tem idade para colo e se equilibra de encontro ao apoio da coxia. Ele não repara, mas está bom de ver que por hoje ela já deu tudo o que tem - está a funcionar só a amor.

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