a vida depois da vida / eco em museu / canção-vitória / letra empoada / melhor que nada / é memória

quarta-feira, 5 de outubro de 2005

Sobre O Tejo

A nossa toponímia urbana é muitíssimo republicana. Avenidas da República, largos Cândido dos Reis, ruas Miguel Bombarda um pouco por todo o lado. Muitas fazem descarada tábua rasa dos reis que as mandaram construir, de antigas glórias militares, de marcos religiosos. Não deixo de me lembrar disto quando passo na Ponte 25 de Abril, não deixo.

3 comentários:

Cláudia [ACV] disse...

Beijinhos, atómica!

Pedro Bingre do Amaral disse...

Para nosso consolo, sempre existe a Praça Pimenta & Rendeiro em Massamá, que em termos de surrealismo toponímico só se pode equiparar à eborense Rua do Imaginário (ali para os lados da Praça do Giraldo Sem-Pavor)...

Cláudia [ACV] disse...

Sejas bem aparecido, Pedro!
Devo dizer-te que mais surreal é a soma das partes: uma libertária Avenida Azedo Gneco entronca numa religiosa Rua D. Settimio Ferrazeta; uma trágica Praceta Camilo Castelo Branco desemboca numa cómica Rua dos Bem Casados; uma primaveril Rua das Rosas perpendicular a uma outonal Rua dos Reformados. A coerência toponímica emparelha bem com com a lógica do desenho urbano, não?