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quarta-feira, 12 de outubro de 2005

Cabeça Perdida

Não é como a frente que dá para o Campo Grande, green à inglesa. É apenas um descampado limpo com umas quantas árvores. A vista alcança-o da sala de fumo, alpendre bom para parar de ler e escrever. Ao fim de um ou dois minutos, os olhos que descansam encontram um ponto de fuga. Sombreada pelo arvoredo e pelo cinzento da hora, periférica, há uma enorme pedra em forma de cabeça. Lembra as da Ilha da Páscoa, umbigo do mundo, é masculina e misteriosa. Quem a fez? A quem pertence? Porque está ali?

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