Sentada na soleira da montra espera, distrai-se com as falhas na calçada. A fila cresce, desassossega-se com mais um atraso. Cheira a limpo, a terra calcada pela água. Lá vem ele, mais de um quarto de hora depois. Pico o bilhete e preparo-me para a dança de não cair nas curvas. Os de sempre distinguem-se, calculam com exactidão a inércia em cada mudança, a cada travagem. Cumprimentam-se ou fazem um sinal de reconhecimento mútuo, se não o fazem é porque há zanga. Ou porque há gato.
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