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terça-feira, 28 de junho de 2005

Quack?

Topa-se quem leu muita BD na adolescência pelo uso frequente de interjeições onomatopaicas. Soam mais ou menos indecifráveis a não-iniciados porque se formaram a partir de fonemas estrangeiros, sobretudo ingleses. Foram traduzidas de forma literal - e muito comic…a - pelas editoras brasileiras Abril e Morumbi, sobretudo ao longo da década de oitenta, e consumidas por cá em doses semanais a algumas dezenas de escudos; de caminho contagiaram-nos para sempre com expressões do calão brazuca como não 'tá no gibi!, 'tá na hora do pau!, pé na tábua! ô, guri! cacilda!. Os puristas absorveram-nas directamente dos originais da Dark Horse da Disney, da DC, ou da Marvel, entre outras. No meu mundo aos quadradinhos os belgas e franciús eram recessivos: pouf!, *caugh*, pow!, bleargh!, glup?, *sigh*, ptuii!, quack? passaram dos balões nas vinhetas para a minha boca, e para a boca de mais uns quantos de nós.

3 comentários:

Afonso Bivar disse...

Estava tudo a correr tão bem. Até chegar aos balões. oh, moça. Que grande trapalhada (palavra muito em voga) em que andaste metida.

Cláudia [ACV] disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Cláudia [ACV] disse...

[o anterior tinha erros ortográficos]
Ainda assim, nada comparável à Fotonovela Barnabé (já nas bancas)...