Quando era pequena nunca vinha de carro a Lisboa, ou se vinha, vinha a dormir. Andava de metropolitano e julgava que a cidade existia em episódios. Havia o do Rossio, o da Praça de Espanha, o do Campo Grande, cada um deles preenchido com o que eu lá ia fazer. Do novelo fantasia-realidade que há nossa cabeça até aos 10 anos só me sobrou isto. O resto é demasiado concreto para não ser anacrónico.
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