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quarta-feira, 1 de junho de 2005

Da Bondade De Estranhos

Foi muito bom e muito mau, Luís.

Estive até ao último minuto à espera que o David acordasse. E pensar que um bocado antes ele se mortificava com a ausência do displicente Keith. Enquanto foi buscar o corpo - estupidamente morto - de uma jovem mulher para a Fisher & Diaz, a sua mãe insistiu em tentar desentorpecer o Nate e emparelhar o filho do George com uma balconista. Como sempre, o que teve a dizer não foi entusiasticamente acolhido.
A Claire aproveitou para largar de fininho a conversa de volta do matacão persa e foi às aulas: expôs(-se n)uma série de auto-retratos à crítica da restante classe, para ela "quietos" para os demais "calculados", "alheios" e "vazios". A Brenda também foi à escola, almoçando uma salada com a sua indigesta mãe. (O Rico mareia mais, sereia mais.)
Nada disto interessa realmente, porque o episódio foi o regresso do David a casa. Porque raio haveria ele de ajudar quem vive da bondade de estranhos? O rapaz da beira da estrada pôde tudo, esteve para o matar três vezes. Eu reprimi um acorda!, acorda!, é um pesadelo!, como se a morte não fosse possível, como se morte não fosse verdade, como se escapar no último segundo fosse inevitável.

Desta vez foi.

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