Faz frio, faz sol, e o meu amigo continua a conduzir. Vai-me contando, sem amargura nem artifícios, o pedaço de vida adolescente acontecida lá pelo fim do casamento dos seus pais, há uma década. Porque o ouço reparo-me cheia de um pai aliviado e feliz ao abrir a porta de casa. Não sabia. Estamos próximos da A1 e faremos mais três horas de caminho. Cada qual se vira para o seu silêncio, limpo de cálculo e embaraços. Adiante falaremos mais.
2 comentários:
Com quem? Com ele, na altura? Connosco, que te lemos agora? Parece-me detectar alguma melancolia no relato.
Já deves ter percebido que não sou melancólica,Afonso, sou melancoólica.
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