Não.
Reconheço que a expedição foi mal preparada: convidei o meu amigo cartógrafo à ultima; não fiz reconhecimento do terreno nem levei bússola; cheguei em cima da hora. Lá entrámos e sentámos nas cadeiras do rés-do-fundo, como é padrão de recém-chegados. Ia com expectativa e uma dose muito considerável de admiração pelos meus blogueiros preferidos. Já tinha lido que a Helena-Matos-directora-da-Atlântico ia ser a convidada e que haveria, como de hábito, uma espécie de painel de discussão. Sabia que a maior parte dos presentes se conhecia bem ou que estariam já adaptados ao formato, visto o evento ser mensal e não ser de ontem, e estava consciente que uma coisa é uma pessoa escrever, outra falar. Para a última, como para a primeira, é preciso disposição, que nem sempre abunda na mais brilhante das cabeças ao fim da tarde.
Depois da pouco ardilosa fuga da convidada à singela questão "a Atlântico é ou não uma revista de direita?"[mais à frente parcialmente respondida], tive o meu momento Zé-Balde: pareceu-me que se estava a encaminhar a discussão para uma questão de bastidores acerca de um obscuro acidente, mas pouco mais tarde lá atingi que se falava do Ocidente; a última fila pode ser próxima da mesa de som, mas não é próxima do som.
Seguiu-se cerca uma hora de debate...flaco..., guarnecido de um apontamento esquisito. Cada interveniente parecia estar numa frequência específica (não me refiro a afinidades ou desafectos ideológicos) e o embaraço dominou o ambiente, circunscrevendo a conversa a um conjunto (suponho que anormal) de generalidades; a somar, dois cavalheiros que - como eu - não conheciam o cânone do evento [ao Daniel Oliveira agradeço, sem nenhuma ironia, a delicadeza ilustrativa], falaram sem pedir palavra, desconcertando mais ou menos vagamente a Mesa [o menos vagamente é um exclusivo Nuno Costa Santos, pela desproporção da reacção; se ele fosse rapariga, tinha atirado lá para a frente os dois Buscopans que trazia na mala]. Tudo findou com sugestões de leitura, das quais tomei a devida nota (incluindo a extensa bibliografia papal).
Não percebi, mas se numa próxima oportunidade me deixarem entrar outra vez, pode ser que perceba. Como a minha opinião vale o que vale (o que vale, o que vale, o que vale), levarei na mala a mesma expectativa e a muito considerável dose de admiração pelos meus blogueiros preferidos.
Reconheço que a expedição foi mal preparada: convidei o meu amigo cartógrafo à ultima; não fiz reconhecimento do terreno nem levei bússola; cheguei em cima da hora. Lá entrámos e sentámos nas cadeiras do rés-do-fundo, como é padrão de recém-chegados. Ia com expectativa e uma dose muito considerável de admiração pelos meus blogueiros preferidos. Já tinha lido que a Helena-Matos-directora-da-Atlântico ia ser a convidada e que haveria, como de hábito, uma espécie de painel de discussão. Sabia que a maior parte dos presentes se conhecia bem ou que estariam já adaptados ao formato, visto o evento ser mensal e não ser de ontem, e estava consciente que uma coisa é uma pessoa escrever, outra falar. Para a última, como para a primeira, é preciso disposição, que nem sempre abunda na mais brilhante das cabeças ao fim da tarde.
Depois da pouco ardilosa fuga da convidada à singela questão "a Atlântico é ou não uma revista de direita?"[mais à frente parcialmente respondida], tive o meu momento Zé-Balde: pareceu-me que se estava a encaminhar a discussão para uma questão de bastidores acerca de um obscuro acidente, mas pouco mais tarde lá atingi que se falava do Ocidente; a última fila pode ser próxima da mesa de som, mas não é próxima do som.
Seguiu-se cerca uma hora de debate...flaco..., guarnecido de um apontamento esquisito. Cada interveniente parecia estar numa frequência específica (não me refiro a afinidades ou desafectos ideológicos) e o embaraço dominou o ambiente, circunscrevendo a conversa a um conjunto (suponho que anormal) de generalidades; a somar, dois cavalheiros que - como eu - não conheciam o cânone do evento [ao Daniel Oliveira agradeço, sem nenhuma ironia, a delicadeza ilustrativa], falaram sem pedir palavra, desconcertando mais ou menos vagamente a Mesa [o menos vagamente é um exclusivo Nuno Costa Santos, pela desproporção da reacção; se ele fosse rapariga, tinha atirado lá para a frente os dois Buscopans que trazia na mala]. Tudo findou com sugestões de leitura, das quais tomei a devida nota (incluindo a extensa bibliografia papal).
Não percebi, mas se numa próxima oportunidade me deixarem entrar outra vez, pode ser que perceba. Como a minha opinião vale o que vale (o que vale, o que vale, o que vale), levarei na mala a mesma expectativa e a muito considerável dose de admiração pelos meus blogueiros preferidos.
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