Pela náuseagésima vez um escritor descreve, solene, o prazer sensual de poisar a caneta de tinta permanente na folha de papel branco e solto; outro exibe, tímido, letras cifradas num caderninho de bolso; outro calca, comovido, a máquina de escrever de sempre. Assim, tudo parece concorrer para o adiamento de uma loa que seja ao processador de texto. Não mais! Lá porque o nome soa mal, porque não tem a patine do tempo, ou porque pode deitar a perder tudo o que uma pessoa fez (sem grande explicação), o processador não deixa de ser o mais perfeito instrumento de trabalho de um ente escrevente.
Para quem gosta das coisas ditas de outra maneira: há lá coisa mais bonita que desenhar uma oitava de piano com a mão que tecla um comando?
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