Uma rapariga que conheci postulou certa vez: “elas gostam é deles cabrões!”. Não sou, como ela, produto do melhor empirismo duriense, mas também estranho a tendência que as mulheres demonstram para se enamorarem do canastrão, que não é mais que o cabrão em potência. Tenho para mim que um palhaço vale por dez canastrões. O palhaço dá nas vistas, evidencia as suas fraquezas, faz pouco de si e dos outros, é por regra cabotino. O canastrão tenta ser intenso, faz um ar misterioso e fala por enigmas. Só a uma indivídua que não foi criada num ambiente co-educativo se desculpa não saber distinguir estas duas categorias.
Caso alguma de vós esteja confusa, aqui vai: o canastrão é para quem é segura de si, gosta de se arriscar na aventura romântica (barata ou não) e tem horror ao tédio; o palhaço é para quem quer alguém a sério.
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