Curiosa, esta coincidência: Rudyard Kipling recebeu o Nobel no mesmo ano em que se iniciou o boy-scout movement, quase a contar uma centúria. As más-línguas dizem que o escritor era um bocado sovina; fosse ou não, a verdade é que autorizou Robert Baden-Powell a utilizar personagens e trechos de Kim e The Jungle Book na concepção do seu esquema educativo, a troco de nada.
Comecei a ler há umas semanas uma versão portuguesa de Kim. Lembrava-me dos episódios e jogos que a vulgata escutista me havia passado e que eu própria tinha transmitido aos mais novos, mas queria saber do resto. Inevitavelmente, há no livro muito mais que a ânsia de aventura que tão bem serviu anos de acampamentos e bivaques. Na Índia do virar do século, um rapaz das ruas de Lahore conhece um sacerdote tibetano em busca um rio que ninguém sabe se de facto existe. Kim torna-se guia do homem santo porque quer ver mundo. Assegura através de manha, lábia, intimidação, mistificação e pedinchice o sustento de ambos. Entre outras coisas, narra-se como é viver na adversidade e não a temer. De como ser moral não é simples, muito menos um dom caído do céu.
Independentemente do fim, ao qual ainda não cheguei, não vou esquecer tão depressa que ignoro as histórias que conheço, ou melhor, que penso conhecer.
Comecei a ler há umas semanas uma versão portuguesa de Kim. Lembrava-me dos episódios e jogos que a vulgata escutista me havia passado e que eu própria tinha transmitido aos mais novos, mas queria saber do resto. Inevitavelmente, há no livro muito mais que a ânsia de aventura que tão bem serviu anos de acampamentos e bivaques. Na Índia do virar do século, um rapaz das ruas de Lahore conhece um sacerdote tibetano em busca um rio que ninguém sabe se de facto existe. Kim torna-se guia do homem santo porque quer ver mundo. Assegura através de manha, lábia, intimidação, mistificação e pedinchice o sustento de ambos. Entre outras coisas, narra-se como é viver na adversidade e não a temer. De como ser moral não é simples, muito menos um dom caído do céu.
Independentemente do fim, ao qual ainda não cheguei, não vou esquecer tão depressa que ignoro as histórias que conheço, ou melhor, que penso conhecer.
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