Há algum tempo que não tinha um pesadelo destes, dos de acordar de cabelo emaranhado de tanto transpirar. Cobras grandes e pequenas, cobras por todo o lado. Eu a fugir-lhes, depois a enfrentá-las, a ser mordida e a tentar escapar. Nem Freud nem Jung, acho. Talvez a cria que matámos noutro dia na aldeia, debaixo do alpendre, muito perto da porta da cozinha. Ou então o quadro pintado por Salisbury Field sobre a Criação, que escolhi para ilustrar um post noutro sítio. Pela página do Museu de Belas Artes de Boston fiquei a saber que só há umas décadas, depois do restauro, voltou a ser como era. Uma parenta e herdeira de Field tinha entretanto achado Eva e a Serpente tão indecentes que mandou não sei quem pintar por cima delas uns arbustos.
Aranhas também me fazem alguma confusão. Tantos anos de campo e ainda sou esta florzita de estufa, caraças.
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